segunda-feira, 19 de abril de 2010

A IMAGEM NO SÉCULO XXI


Desde as primeiras marcas nas paredes das cavernas, nos riscos em ossos e investidas na "criação" de imagens a partir do nada - ou do tudo - o homem sente-se - e o é - capaz de dar sentidos às intenções de criador de imagens.

Com a gravura, reproduzir imagens instituiu um caráter dinâmico e com a fotografia, definitivamente, a imagem passou ao embante do pertencimento e efemeridade condicionados aos seus aparatos e suportes tecnológicos: Polaroid versus Negativo, por exemplo, sitematizam o significado da aura e do lugar da imagem no panteão da Modernidade.

No século XXI, a imagem se desloca do do eixo de sua existência material e passa a residir (ou divagar?) no movediço território da virtualidade e do condicionamento tecnológico de sua existência: onde está a imagem após desligarmos a câmera digital ou o monitor de nossos computadores?

Quais são os requisitos que essas imagens necessitam para "existir" de novo ? Essas imagens têm validade?

Nesses tempos de tecnologias abundantes, a imagem deixa de ter significados para engendrar sentidos. Sentidos que ultrapassam o meramente visual. Do ver ao olhar, a polissemia da imagem reverbera a multimodalidade de nosso tempo: a imagem tem temperatura, tem cheiro, tem voz...


Moises Lucas

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Estava ansiosa para ler mais postagens nesse Blog. Afinal conhecimento nunca é demais...

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